31 de jan. de 2010

Secretário de Wagner pede dinheiro para a TWB

O secretário João Leão não entende nada de ferryboat. Até aí tudo bem: mas não pode querer colocar o governador Jaques Wagner para cometer o mesmo erro absurdo de Paulo Souto. Atenção secretário Walter Pinheiro: não entre nesta fria não.

Definitivamente, o governador Jaques Wagner precisa realmente se cercar de bons assessores, de gente que entenda pelo menos um pouco do sistema ferryboat para não cometer os mesmos erros absurdos do ex-governador Paulo Souto, responsável direto pela situação em que se encontra hoje o sistema, operado pelos empresários paulistas ou catarinenses da TWB.
É inadmissível que um secretário de Estado esteja defendendo e pedindo dinheiro público para a TWB, uma empresa que já demonstrou que não tem a menor condição de continuar operando a travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica.
O secretário de Infraestrutura de Wagner, João Leão, pediu ao seu colega do Planejamento, Walter Pinheiro, que o governo abra os cofres para salvar o sistema ferryboat da horrorosa TWB. É um absurdo que o secretário João Leão não conheça o que está previsto no contrato de concessão firmado em 2006, no governo de Paulo Souto, totalmente redigido para favorecer aos interesses da concessionária.
O contrato de concessão estabelece que o governo compre motores para dois ferries. O prazo de entrega vai até o final de 2010. Mas o Jornal da Mídia já foi informado por uma fonte do governo Wagner e não da Seinfra de Leão, de que o Estado já comprou os motores e vai entregá-los no máximo em 30 dias à TWB. Portanto, o Estado está cumprindo a sua parte com bem antecedência.
Então, por que agora o secretário João Leão quer que o governo, que seu colega Walter Pinheiro, coloque no orçamento mais quatro motores para as embarcações do sistema?
Que negócio é este de o Estado ficar utilizando dinheiro público, do contribuinte, para gastar com uma empresa privada, que fatura muito bem e presta um péssimo serviços aos baianos?
Gostaríamos muito que o secretário João Leão respondesse: quanto a TWB paga ao Estado para operar - e faturar alto - os seis ferries do sistema? Paga quanto secretário? Nada, merreca nenhuma não é? Ou o senhor nunca leu o contrato de concessão e não sabe? E não tem como responder?
A TWB tem que manter obrigatoriamente os navios do patrimônio público com o dinheiro que ganha do cidadão baiano. Não é justo, Senhor João Leão, que seja ao contrário - que os baianos, que penam até 10 horas na fila de embarque pagando tarifas exorbitantes, ainda paguem por um serviço caótico.
O secretário João Leão, gente boa, falastrão, pode até entender um pouco de rodovias. Mas nunca de ferryboat. Com todo respeito, Senhor João Leão, o senhor é um zero à esquerda quando o assunto é transporte marítimo. O senhor está sendo enrolado totalmente pela conversa do pessoal da TWB.
Que Leão esteja sendo enrolado, tudo bem. Mas como secretário do Governo Wagner, ele não pode estimular que um colega seu, como o secretário Walter Pinheiro, que tem os pés no chão, cometa o mesmo equívoco do ex-governador Paulo Souto.
O secretário Leão com certeza deve desconhecer que em 2004 o governo do Estado pediu autorização da Assembléia Legislativa da Bahia para injetar dinheiro no ferryboat, na época do Comab ou da Kaimi.
Foi a maior escândalo na Assembléia Legislativa e os deputados da oposição, do PT, saíram de pau em cima de Souto, e com muita razão. Como é que agora João Leão quer colocar seus atuais companheiros do PT e do governo Wagner nesta fria?
Bem informado, de boa memória e muito bem municiado de arquivos, o deputado Eraldo Rocha, do DEM, avisa que está na moita, só esperando o dinheiro cair na conta bancária da TWB. Ele anda dando risada à toa nos corredores da Assembléia.
Para dar dinheiro extra à TWB, secretário Leão, tem que ter mensagem para a Assembléia Legislativa. Não está previsto isto no contrato de concessão. O Senhor quer passar por cima de tudo é?
O Jornal da Mídia tem recebido centenas de e-mails, a maioria de funcionários da TWB, fazendo denúncias sérias sobre lobby, interesses políticos para campanhas de deputados nas eleições deste ano e outras coisas mais. Vamos apurar tudo direitinho. Não somos irresponsáveis para levar denúncias ao público sem comprovação.
Mas uma coisa é certa: é uma pena que a "Operação Expresso" da Polícia tenha parado de fazer as escutas telefônicas. Deveria continuar, porque muita coisa podre ainda seria divulgada.

Fonte: http://www.jornaldamidia.com.br/Alo_Bahia/Janeiro2010-1.shtml#873512019383

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