21 de ago. de 2015

Bancada de Oposição fiscaliza obras paradas e cobra explicação do governo

Ari Rodrigues da ACATE e dr. Andirley nascimento da OAB de Itabuna com os doze deputados de oposição

Canteiros abandonados e obras paralisadas. Este foi o cenário que a bancada de oposição da Assembleia Legislativa encontrou durante o périplo realizado nesta quinta-feira, 20, nos municípios de Ilhéus e Itabuna. A comitiva, que contou com a participação de dez parlamentares da Oposição - o líder Sandro Régis (DEM), o deputado Augusto Castro, líder do PSDB, Pedro Tavares, líder do PMDB, Pablo Barrozo (DEM), Sidelvan Nóbrega (PRB), Tom Araújo (DEM), Hildécio Meireles (PMDB), Hérzem Gusmão (PMDB), José de Arimatéia (PRB) e Adolfo Viana (PSDB) - mostrou-se perplexa e indignada com o que constatou e cobrou do governo explicações sobre a paralisação de obras consideradas de relevância e essenciais para as duas cidades, a exemplo do Hospital Geral Luiz Viana, em  Ilhéus, e da Barragem do Rio Colônia, em Itapé, próximo a Itabuna. A bancada garantiu que vai tomar as medidas cabíveis, denunciar à sociedade ao Ministério Público.
 "O sentimento que fica é o de irresponsabilidade e desrespeito do governo petista com a população¨, disse Sandro Régis, lembrando que são obras anunciadas ainda no governo Wagner e propagadas amplamente pelo atual governador Rui Costa, durante a campanha eleitoral e em seu discurso de posse. "Fica atestado que tratava-se de promessas eleitoreiras com a finalidade de garimpar votos e iludir a população", reforçou o coordenador e anfitrião da visita, deputado Augusto Castro, filho da região.
A visita in loco dos deputados mobilizou a imprensa de Ilhéus e Itabuna, líderes locais e populares que acompanharam o roteiro completo de fiscalização montado pela bancada. A Ponte Ilhéus-Pontal, antiga reivindicação da cidade foi a primeira obra a ser visitada. No local, um canteiro desativado e uma ponte de madeira. "Não há obras, só abandono", comentou o tucano Adolfo Viana. Para o deputado Pedro Tavares, o sonho  da população virou lenda. " A única capacidade do governo foi a de fazer propaganda", ironizou. As obras de reforma e ampliação do Hospital Luis Viana, iniciadas em 2013 e contratada no valor de R$ 6,5 milhões, com prazo de execução de 300 dias, simplesmente não andou. O diretor geral da unidade, Claudio Augusto Moura, recebeu os parlamentares e explicou que a empresa licitada abandonou a obra alegando falta de condições e recursos. O destrato foi feito e agora aguarda-se nova licitação
. "O governo sequer teve a capacidade de contratar uma empresa tecnicamente qualificada para concluir a obra", disse o deputado José de Arimatéia, vice-presidente da comissão de Saúde na Alba. Enquanto a reforma não vem, o único hospital de Ilhéus, que atende toda a região circunvizinha, funciona precariamente acolhendo pacientes em macas improvisadas nos corredores, como atestaram os parlamentares.
Ao seguirem para Itabuna os deputados também comprovaram que a anunciada duplicação da BR 415, rodovia que liga Ilhéus a Itabuna, não saiu do papel, assim como o Aeroporto Internacional de Ilhéus e o Hospital da Costa do Cacau, que inclusive foi citado pelo governador Rui Costa, durante seu primeiro discurso depois da posse, na Assembleia Legislativa.  A comitiva visitou o Teatro Municipal e Centro de Convenções de Itabuna, cuja obra, que já consumiu R$18 milhões, está parada há 9 anos, com aspecto de abandono e cercada de matagal. Atendendo ao convite dos deputados Augusto Castro e Pedro Tavares, se uniu ao grupo, o representante da ACATE Ari Rodrigues e o presidente da OAB Andirley Nascimento, que promovem na região, um abaixo assinado que será entregue ao governador Ruy Costa, pedindo a conclusão imediata da obra.
O Centro de Cultura da cidade, que também iniciou reforma há dois anos, não teve as  obras concluídas. Causou indignação aos deputados ainda, a paralisação das obras da Barragem do Rio Colônia, reconhecidamente importante para o desenvolvimento e economia da região. Segundo Augusto Castro, a execução da barragem é de extrema necessidade para o abastecimento de água do município e para a implantação de novas indústrias. As informações são de que duas licitações foram consideradas desertas e que em janeiro de 2015 fracassou também o lançamento de um Regime Diferencial de Contratação. As promessas do governo de nova licitação para a barragem, ainda não foram concretizadas.